Os olhos são os intérpretes do coração,mas só os interessados entendem essa linguagem...
Aqui é onde se encontra um pouco do meu mundo... do que sou... aqui vais encontrar um pouco da minha pessoa... sê bem-vindo!
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sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Desabafo...
Nova Desilusão...
Fizeste-me sonhar
Para logo a seguir
Me magoares completamente
Acreditei em ti
Pensei que ereas diferente
Mas afinal enganei-me
Tu és como os outros
E como os outros mentes
Enchendo-me de ilusão
E roubando-me o coração
Disseste que me amavas
Mas na verdade
Apenas me enganavas
Andaste a brincar
Com um pobre coração
Que ainda estava a recuperar
De uma enorme desilusão
Como o pudeste fazer?
Contei-te o meu passado
Contei-te os meus medos
E comigo brincaste
Como se fosse um brinquedo
Mas contigo aprendi
A nunca mais acreditar
No príncipe encantado
Que nunca irá aparecer
E para sempre aprendi
A jamais me esquecer
De nunca mais entregar
O meu pobre coração
Que já está farto de sofrer!
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Hoje quero ser louca
Quero ser louca
Quando os nossos olhares se cruzarem
E quando disseres que me amas
Quando saborear o sumo dos teus beijos
E quando a paixão se der em chamas
Quero ser louca
Quando os teus dedos percorrerem o meu corpo
Como quem procura um tesouro perdido
Quando tu e eu formos um só
E quando a minha alma te servir de abrigo
Quero ser louca
E quero integrar-me por inteiro
E em loucura te direi
Que és tu o meu grande amor!
Despes-me... - Paula Martins
Despes-me das vestes que não trago
Em minha alma a noite já vai longa
Fui o doce onde buscas o afago
Nos beijos que o amor não perlonga
Carícias que buscam o doce mel
Lábios do assédio cor de romã
Em meu corpo o convite sente o fel
Do amargo que é a visista da manhã
Levas-te o melhor que havia em mim
Despes-me da realidade da vida
Tatuas os lençois de cetim
Com sangue da raiva escondida
Despes-me daquilo que já nao tenho
Da noite em que fui feliz
No meu coração semeias o estrago
Do louco que em ti existe.
Vou partir nesta noite fria e sem lua
Vou mergulhar na noite
E adormecer na solidão
Quero sentir o perfume da madrugada
Como nas noites em que eras primavera
Quero perder tudo neste charco silencioso
Onde à pouco a minha estrela me deixou
Quero percorrer a solidão ignorando o teu rosto
E rejeitando o beijo teu
Lutar pelo sonho adormecido que nunca vivi
Quero ser Feliz...
Lágrimas Ocultas - Florbela Espanca
Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...
E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
Princesa Desalento - Florbela Espanca
Minhalma é a Princesa Desalento,
Como um Poeta lhe chamou, um dia.
É magoada, e pálida, e sombria,
Como soluços trágicos do vento!
É fágil como o sonho dum momento;
Soturna como preces de agonia,
Vive do riso duma boca fria:
Minhalma é a Princesa Desalento...
Altas horas da noite ela vagueia...
E ao luar suavíssimo, que anseia,
Põe-se a falar de tanta coisa morta!
O luar ouve minhalma, ajoelhado,
E vai traçar, fantástico e gelado,
A sombra duma cruz à tua porta...
Amor que morre - Florbela Espanca
O nosso amor morreu... Quem o diria!
Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta,
Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!
Bem estava a sentir que ele morria...
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano que morre... e logo aponta
A luz doutra miragem fugidia...
Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer,
E são precisos sonhos para partir.
E bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
De outro amor impossível que há-de vir!
Florbela Espanca
Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.
E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!
Sinto os passos de Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!
E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!
Tento esquecer-te. Deixei de falar de ti e de dizer o teu nome, deixei de o desenhar no espelho da casa de banho, quando o vapor inunda todas as superfícies. Em vez disso, tenho o coração embaciado de dúvidas e o olhar desfocado pelo absurdo do teu silêncio continuado, o olhar de quem aprende a adaptar-se a uma luz desconhecida, a uma nova realidade.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Os Meus Versos
Rasga esses versos que eu te fiz, amor!
Deita-os ao nada, ao pó, ao esquecimento,
Que a cinza os cubra, que os arraste o vento,
Que a tempestade os leve aonde for!
Rasga-os na mente, se os souberes de cor,
Que volte ao nada o nada de um momento!
Julguei-me grande pelo sentimento,
E pelo orgulho ainda sou maior!...
Tanto verso já disse o que eu sonhei!
Tantos penaram já o que eu penei!
Asas que passam, todo o mundo as sente...
Rasgas os meus versos... Pobre endoidecida!
Como se um grande amor cá nesta vida
Não fosse o mesmo amor de toda a gente!...
Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"
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