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segunda-feira, 29 de novembro de 2010


Os olhos são os intérpretes do coração,mas só os interessados entendem essa linguagem...

love...


Tudo começa com um simples olhar, com uma simples transmissão de mensagens enviadas pelo nosso sistema nervoso, tudo começa, porque conseguimos sentir algo desconhecido, algo novo, nunca antes sentido...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010


frase do dia...


Por vezes é necessário ordenar ao coração que se acalme, que deixe de bater desordenadamente e, que por momentos, apague a saudade e a vontade, pois ainda levará tempo a ficar tudo bem.

frase do dia...


Não existe amor impossivel, apenas pessoas incapazes de lutar por aquilo que chamam de amor.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Frase do dia...


Para quê levar a vida tão a sério, se a vida é uma alucinante aventura da qual jamais sairemos vivos?


"...Muitas pessoas pensam que o silêncio é um vazio que tem de ser preenchido mesmo que não tenham nada de importante para dizer..."


Nicholas Sparks

sexta-feira, 19 de novembro de 2010



Desabafo...


Que mal te fiz

Meu triste fado

Para me fazeres infeliz

E com o meu passado

Me voltares a magoar

Diz-me por favor

Porque me voltas a atormentar

Com esta tão grande dor...

Nova Desilusão...




Fizeste-me sonhar


Para logo a seguir


Me magoares completamente


Acreditei em ti


Pensei que ereas diferente


Mas afinal enganei-me


Tu és como os outros


E como os outros mentes


Enchendo-me de ilusão


E roubando-me o coração


Disseste que me amavas


Mas na verdade


Apenas me enganavas


Andaste a brincar


Com um pobre coração


Que ainda estava a recuperar


De uma enorme desilusão


Como o pudeste fazer?


Contei-te o meu passado


Contei-te os meus medos


E comigo brincaste


Como se fosse um brinquedo


Mas contigo aprendi


A nunca mais acreditar


No príncipe encantado


Que nunca irá aparecer


E para sempre aprendi


A jamais me esquecer


De nunca mais entregar


O meu pobre coração


Que já está farto de sofrer!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Hoje quero ser louca


Quero ser louca

Quando os nossos olhares se cruzarem

E quando disseres que me amas

Quando saborear o sumo dos teus beijos

E quando a paixão se der em chamas


Quero ser louca

Quando os teus dedos percorrerem o meu corpo

Como quem procura um tesouro perdido

Quando tu e eu formos um só

E quando a minha alma te servir de abrigo


Quero ser louca

E quero integrar-me por inteiro

E em loucura te direi

Que és tu o meu grande amor!

Despes-me... - Paula Martins


Despes-me das vestes que não trago

Em minha alma a noite já vai longa

Fui o doce onde buscas o afago

Nos beijos que o amor não perlonga


Carícias que buscam o doce mel

Lábios do assédio cor de romã

Em meu corpo o convite sente o fel

Do amargo que é a visista da manhã


Levas-te o melhor que havia em mim

Despes-me da realidade da vida

Tatuas os lençois de cetim

Com sangue da raiva escondida


Despes-me daquilo que já nao tenho

Da noite em que fui feliz

No meu coração semeias o estrago

Do louco que em ti existe.

Vou partir nesta noite fria e sem lua

Vou mergulhar na noite

E adormecer na solidão

Quero sentir o perfume da madrugada

Como nas noites em que eras primavera

Quero perder tudo neste charco silencioso

Onde à pouco a minha estrela me deixou

Quero percorrer a solidão ignorando o teu rosto

E rejeitando o beijo teu

Lutar pelo sonho adormecido que nunca vivi

Quero ser Feliz... ‌

Lágrimas Ocultas - Florbela Espanca


Se me ponho a cismar em outras eras

Em que ri e cantei, em que era querida,

Parece-me que foi noutras esferas,

Parece-me que foi numa outra vida...


E a minha triste boca dolorida,

Que dantes tinha o rir das primaveras,

Esbate as linhas graves e severas

E cai num abandono de esquecida!


E fico, pensativa, olhando o vago...

Toma a brandura plácida dum lago

O meu rosto de monja de marfim...


E as lágrimas que choro, branca e calma,

Ninguém as vê brotar dentro da alma!

Ninguém as vê cair dentro de mim!

Princesa Desalento - Florbela Espanca



Minhalma é a Princesa Desalento,

Como um Poeta lhe chamou, um dia.

É magoada, e pálida, e sombria,

Como soluços trágicos do vento!


É fágil como o sonho dum momento;

Soturna como preces de agonia,

Vive do riso duma boca fria:

Minhalma é a Princesa Desalento...


Altas horas da noite ela vagueia...

E ao luar suavíssimo, que anseia,

Põe-se a falar de tanta coisa morta!


O luar ouve minhalma, ajoelhado,

E vai traçar, fantástico e gelado,

A sombra duma cruz à tua porta...

Amor que morre - Florbela Espanca


O nosso amor morreu... Quem o diria!

Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta,

Ceguinha de te ver, sem ver a conta

Do tempo que passava, que fugia!


Bem estava a sentir que ele morria...

E outro clarão, ao longe, já desponta!

Um engano que morre... e logo aponta

A luz doutra miragem fugidia...


Eu bem sei, meu Amor, que pra viver

São precisos amores, pra morrer,

E são precisos sonhos para partir.


E bem sei, meu Amor, que era preciso

Fazer do amor que parte o claro riso

De outro amor impossível que há-de vir!

Florbela Espanca


Aqueles que me têm muito amor

Não sabem o que sinto e o que sou...

Não sabem que passou, um dia, a Dor

À minha porta e, nesse dia, entrou.

E é desde então que eu sinto este pavor,

Este frio que anda em mim, e que gelou

O que de bom me deu Nosso Senhor!

Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!


Sinto os passos de Dor, essa cadência

Que é já tortura infinda, que é demência!

Que é já vontade doida de gritar!


E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,

A mesma angústia funda, sem remédio,

Andando atrás de mim, sem me largar!



frase do dia...


O momento mais triste do amor é descobrir que ele deve morrer e não temos forças para o matar.

Tento esquecer-te. Deixei de falar de ti e de dizer o teu nome, deixei de o desenhar no espelho da casa de banho, quando o vapor inunda todas as superfícies. Em vez disso, tenho o coração embaciado de dúvidas e o olhar desfocado pelo absurdo do teu silêncio continuado, o olhar de quem aprende a adaptar-se a uma luz desconhecida, a uma nova realidade.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Os Meus Versos


Rasga esses versos que eu te fiz, amor!

Deita-os ao nada, ao pó, ao esquecimento,

Que a cinza os cubra, que os arraste o vento,

Que a tempestade os leve aonde for!

Rasga-os na mente, se os souberes de cor,

Que volte ao nada o nada de um momento!

Julguei-me grande pelo sentimento,

E pelo orgulho ainda sou maior!...

Tanto verso já disse o que eu sonhei!

Tantos penaram já o que eu penei!

Asas que passam, todo o mundo as sente...

Rasgas os meus versos... Pobre endoidecida!

Como se um grande amor cá nesta vida

Não fosse o mesmo amor de toda a gente!...



Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"